
El Guincho no palco secundário com a sua música dub-afrobeat a apelar à participação do público e sempre bastante activo, Pablo é o responsável pelo primeiro levantamento a sério de pó. Infelizmente sou obrigado a sair a meio, pois Beirut começa no palco principal.
Beirut é a banda mais esperada da noite, apesar de não serem cabeças de cartaz. Têm uma setlist bem estruturada, fazendo passagem por alguns dos temas mais conhecidos da banda. Referência ao ponto 1, triste que numa banda com 7 elementos em palco e uma vasta colecção de instrumentos, só se consigam ouvir alguns...
Lykke Li no palco secundário com um bom começo, visualmente muito bem conseguida e com a sua energia musical a contagiar o público. Seguramente o concerto mais estético do festival, novamente bastante pó a ser levantado, quase que como um barómetro festivaleiro. Novamente concerto encurtado devido aos Artic Monkeys.
Artic Monkeys a fechar o palco principal, com um concerto rock (mesmo que brit) que arrancou do chão até o mais desanimado. Apesar de não ter sido brilhante, tem uma nota bem positiva. Ponto 1 novamente a ter uma importância demasiado grande...

Rodrigo Leão segue o mesmo caminho, mas sem conseguir tanto encanto como o David, definitivamente um concerto para espaços mais reduzidos e intimistas.
The Gift surgem no palco principal com um concerto a enfatizar o último álbum da banda. Talvez por isso e porque se "recusaram" a tocar alguns dos temas que os tornaram mais conhecidos, o concerto ficou aquém do esperado, mas mesmo assim, o esforço e a energia da Sónia a valerem-lhe pontos no desempenho. Ponto 1 novamente a fazer-se sentir...
Legendary Tigerman termina as actuações nacionais neste que foi o dia mais português do festival. Como seu estilo único e irreverente, faz aquilo que lhe é exigido e proporciona um bom concerto, até à altura de ir ver os Portishead.
Desde o longínquo ano de 98 no sw que não me lembrava de Portishead em festivais nacionais e após os ter visto no coliseu no Porto, a expectativa era grande. Com a sua postura fria e distante típica da Beth, mas com uma entrega única à musica, os Portishead fazem aquilo que é improvável, silenciar uma multidão de milhares, dando um concerto quase mágico (faltou a chuva). Ponto 1 a fazer-se sentir.
Arcade Fire são os mais esperados, tendo sido os maiores responsáveis por terem esgotado os bilhetes para este dia. Com uma composição de 9 elementos (os que consegui contar) em palco, Buttler e Régine proporcionam um bom espectáculo recorrendo a toda a sua panóplia instrumental (apesar de não se conseguir ouvir - ver ponto 1) e bastante activos, especial destaque para as danças da Régine. Sei que é repetitivo, mas novamente o ponto 1 a atirar para bom aquilo que poderia ter sido muito bom. Vergonha para os organizadores!

Os Elbow talvez sejam desconhecidos do publico mais generalista, mas conseguem dar um bom concerto incidindo mais sobre The Seldom Seen Kid com um concerto rock progressivo extremamente bem conseguido. É provável que passem a ser bem mais conhecidos a partir de agora. Ponto 1 em destaque novamente.
Slash trás consigo a memória das velhas glórias e do hard rock. Não é à toa que é considerado um dos melhores guitarristas de sempre e isso faz-se notar em todo o concerto. Fazem passagem pelos álbuns dos Velvet Revolver e Slash's Snakepitt, mas é assim que se ouvem os acordes de Sweet Child O' Mine que se atinge o pico. A fechar com Paradise City, quase que fez esquecer o Axl e lá se foi a actuação dos Vaccines, de tão boa que foi esta. Nota máxima para o agradecimento ao público feito pela banda no final, assim se vêm os grandes senhores. Ponto 1 quase inexistente.
Já o cansaço é notório nas hostes dos festivaleiros e eis que surgem os mais esperados da noite, The Strokes. Julian parece algo intoxicado, seja por substâncias orgânicas ou sintéticas e com alguma dificuldade na dicção e/ou execução de diálogos (que mesmo assim foram mais frequentes do que o costume). Tendo um suporte excepcional por parte do resto da banda, lá se foi "segurando" durante o concerto e quase nem se notavam as falhas na voz (Ponto 1 e a banda a ajudar), mas uma falta de profissionalismo demasiado evidente e que os fãs não mereciam. Destaque para Nick Valensi, se Slash demonstrou ser um grande guitarrista da "old school", Nick respondeu que a "new school" não lhe fica atrás. Os Strokes são grandes, o Julian é que não. Ponto 1 a terminar como começou, a marcar os concertos pela forma negativa.
"Shame on you" organizadores do Super Bock Super Rock que demonstraram ao fim de 17 anos de festivais não têm nenhum respeito pelo público para além de serem demasiado incompetentes.
Não servirá de nada, mas dificilmente irei a outro SBSR.
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